segunda-feira, fevereiro 14, 2005


Maioria absoluta é o continuísmo


Domingo, 13 Fevereiro 2005
O salão da Incrível Almadense recebeu no sábado 12 uma enorme enchente de pessoas que vieram participar no comício-festa do Bloco de Esquerda. No principal discurso da noite, Francisco Louçã voltou a insistir que a maioria absoluta pedida pelo PS é a manutenção do continuísmo. "A escolha", disse, "é entre a o continuismo e a mudança. E esta mudança é o Bloco de Esquerda".Louçã ilustrou o que quis dizer com o exemplo da política do governo Guterres em relação à imigração.
A lei aprovada por esse governo, negociada com o PP, foi até elogiada pelo líder da extrema-direita francesa, Jean-Marie Le Pen. Foram nesta altura criadas as Autorizações de Permanência (AP), renováveis a cada ano e que expiram em 2005. "Agora, o cabeça de lista por Setúbal do PP, Nuno Magalhães, veio à barraquinha daquele partido defender a política de cotas para a imigração, uma política restritiva, mesquinha. E Pedro Santana Lopes esconde-se atrás de Paulo Portas nesta questão".
O Bloco de Esquerda defende a transformação de todas as APs em vistos de residência, e que esta medida de legalização abranja também todos os imigrantes inscritos para receber visto de trabalho. Além disso, defende a mudança da lei da nacionalidade, de forma a que volte a vigorar o jus solis, isto é, que quem nasça em solo português tenha a nacionalidade portuguesa.Antes, o cabeça de lista por Setúbal do BE, Fernando Rosas, disse que o Bloco de Esquerda será a voz na Assembleia dos trabalhadores do Arsenal do Alfeite, da Lisnave e da Gestnave, e de tantos outros com quem o Bloco contactou durante a campanha no distrito de Setúbal. E criticou as propostas do PS como "moles e invertebradas" face à direita.A festa foi animada por Filipas Pais e Vitorino.
Na noite do mesmo dia, casa cheia também no comício no IPJ em Faro.

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