quinta-feira, janeiro 27, 2005

Oito renovadores comunistas nas listas do Bloco de Esquerda


Oito elementos do Movimento de Renovação Comunista vão integrar as listas do Bloco de Esquerda às eleições legislativas de Fevereiro, no âmbito de um acordo político entre as duas estruturas, disse hoje à Lusa fonte do movimento.
Agência LUSA
RTP informação, 9-1-2005



Cipriano Justo, porta-voz e membro da comissão permanente do Movimento de Renovação Comunista (MRC), adiantou que o acordo político com o Bloco de Esquerda (BE) foi hoje aprovado no Encontro Nacional do MRC e vai permitir aos elementos do Movimento concorrerem "como independentes nas listas do Bloco, mas em representação do MRC".

Os oito elementos do MRC que integram as listas do BE são João Semedo, pelo círculo do Porto, Paulo Fidalgo e João Rodrigues, por Lisboa, António Rodrigues, por Coimbra, Adelino Granja, por Leiria, e Saudade Lopes, Teixeira Lopes e Rui Lima Jorge por Aveiro.

Segundo Cipriano Justo, o acordo político aprovado hoje "estipula direitos e deveres", nomeadamente no que toca à presença parlamentar dos membros do MRC, sendo que o "único elemento do Movimento que estará presente na Assembleia da República" é João Semedo, que deverá assumir o cargo de deputado por um período de oito meses.

O acordo salvaguarda também que, em caso de moções de censura ou confiança e votações orçamentais, se o membro do MRC não estiver de acordo com a posição do grupo parlamentar do BE pode pedir a suspensão de mandato, pormenorizou Cipriano Justo.

O porta-voz do MRC adiantou ainda que a integração de oito elementos do MRC nas listas do BE "não foi unânime, mas foi aprovada por uma larga maioria".

Já a transformação do Movimento numa associação política, também decidida hoje, foi "aprovada por unanimidade" e Cipriano Justo acredita que possa ser concretizada "durante o primeiro trimestre deste ano".

Cipriano Justo estima que, "numa primeira inscrição", o número de sócios ascenda a 200 e rejeitou que a transformação em associação política seja uma "antecâmara" para a criação de um partido político.

"Essa agenda não está em cima da mesa", enfatizou, adiantando que a associação vai "cumprir as finalidades para as quais vai ser criada" e que só a "conjuntura política poderá indicar se há necessidade ou não de enveredar por um partido político".


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