O NÚCLEO DO BLOCO DE ESQUERDA DE PORTIMÃO, DESEJA A TODOS;
BOAS FESTAS E UM FELIZ NOVO!!
DESEJA IGUALMENTE QUE OS SENTIMENTOS DE FRATERNIDADE E DE JUSTIÇA SOCIAL PREVALEÇAM CONTRARIANDO O TRADICIONAL ESPÍRITO CONSUMISTA QUE POR HÁBITO DOMINA ESTA ÉPOCA DO ANO.
SAUDAÇÕES SOCIALISTAS!
BE-PORTIMÃO
sexta-feira, dezembro 24, 2004
segunda-feira, dezembro 20, 2004
retirado do site do Forum Social Mundial.
Um convite ao vôo
Eduardo Galeano
Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar?
Que tal delirarmos um pouquinho?
Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível?
Milênio vai, milênio vem, a ocasião é propícia para que os oradores de inflamado verbo discursem sobre os destinos da humanidade e para que os porta-vozes da ira de Deus anunciem o fim do mundo e o aniquilamento geral, enquanto o tempo, de boca fechada, continua sua caminhada ao longo da eternidade e do mistério.
Verdade seja dita, não há quem resista: numa data assim, por mais arbitrária que seja, qualquer um sente a tentação de perguntar-se como será o tempo que será. E vá-se lá saber como será. Temos uma única certeza: no século vinte e um, se ainda estivermos aqui, todos nós seremos gente do século passado e, pior ainda, do milênio passado.Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar.
Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar?
Que tal delirarmos um pouquinho?
Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível:o ar estará livre do veneno que não vier dos medos humanos e das humanas paixões;nas ruas, os automóveis serão esmagados pelos cães;as pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas pelo computador, nem compradas pelo supermercado e nem olhadas pelo televisor;o televisor deixará de ser o membro mais importante da família e será tratado como o ferro de passar e a máquina de lavar roupa;as pessoas trabalharão para viver, ao invés de viver para trabalhar;será incorporado aos códigos penais o delito da estupidez, cometido por aqueles que vivem para ter e para ganhar, ao invés de viver apenas por viver, como canta o pássaro sem saber que canta e brinca a criança sem saber que brinca;em nenhum país serão presos os jovens que se negarem a prestar o serviço militar, mas irão para a cadeia os que desejarem prestá-lo;os economistas não chamarão nível de vida ao nível de consumo, nem chamarão qualidade de vida à qualidade de coisas;os cozinheiros não acreditarão que as lagostas gostam de ser fervidas vivas;os historiadores não acreditarão que os países gostam de ser invadidos;os políticos não acreditarão que os pobres gostam de comer promessas;ninguém acreditará que a solenidade é uma virtude e ninguém levará a sério aquele que não for capaz de deixar de ser sério;a morte e o dinheiro perderão seus mágicos poderes e nem por falecimento nem por fortuna o canalha será formado em virtuoso cavaleiro;ninguém será considerado herói ou pascácio por fazer o que acha justo em lugar de fazer o que mais lhe convém;o mundo já não estará em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza, e a indústria militar não terá outro remédio senão declarar-se em falência;a comida não será uma mercadoria e nem a comunicação um negócio, porque a comida e a comunicação são direitos humanos;ninguém morrerá de fome, porque ninguém morrerá de indigestão;os meninos de rua não serão tratados como lixo, porque não haverá meninos de rua;os meninos ricos não serão tratados como se fossem dinheiro, porque não haverá meninos ricos;a educação não será um privilégio de quem possa pagá-la;a polícia não será o terror de quem não possa comprá-la;a justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viver separadas, tornarão a se unir, bem juntinhas, ombro contra ombro;uma mulher, negra, será presidente do Brasil, e outra mulher, negra, será presidente dos Estados Unidos da América; e uma mulher índia governará a Guatemala e outra o Peru;na Argentina, as loucas da Praça de Maio serão um exemplo de saúde mental, porque se negaram a esquecer nos tempos da amnésia obrigatória;a Santa Madre Igreja corrigirá os erros das tábuas de Moisés e o sexto mandamento ordenará que se festeje o corpo;a Igreja também ditará outro mandamento, do qual Deus se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte" .serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma;os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles são os que se desesperam de tanto esperar e os que se perderam de tanto procurar;seremos compatriotas e contemporâneos de todos os que tenham aspiração de justiça e aspiração de beleza, tenham nascido onde tenham nascido e tenham vivido quando tenham vivido, sem que importem nem um pouco as fronteiras do mapa ou do tempo;a perfeição continuará sendo um aborrecido privilégio dos deuses; mas neste mundo confuso e fastidioso, cada noite será vivida como se fosse a última e cada dia como se fosse o primeiro.*
Eduardo Galeano é jornalista e escritor, entre outros, de O Século do Vento, As Caras e as Máscaras, Os Nascimentos, O Futebol ao sol e à sombra, O Livro dos Abraços, Dias e noites de amor e de guerra e As Veias abertas da América Latina.
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Um convite ao vôo
Eduardo Galeano
Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar?
Que tal delirarmos um pouquinho?
Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível?
Milênio vai, milênio vem, a ocasião é propícia para que os oradores de inflamado verbo discursem sobre os destinos da humanidade e para que os porta-vozes da ira de Deus anunciem o fim do mundo e o aniquilamento geral, enquanto o tempo, de boca fechada, continua sua caminhada ao longo da eternidade e do mistério.
Verdade seja dita, não há quem resista: numa data assim, por mais arbitrária que seja, qualquer um sente a tentação de perguntar-se como será o tempo que será. E vá-se lá saber como será. Temos uma única certeza: no século vinte e um, se ainda estivermos aqui, todos nós seremos gente do século passado e, pior ainda, do milênio passado.Embora não possamos adivinhar o tempo que será, temos, sim, o direito de imaginar o que queremos que seja. Em 1948 e em 1976, as Nações Unidas proclamaram extensas listas de direitos humanos, mas a imensa maioria da humanidade só tem o direito de ver, ouvir e calar.
Que tal começarmos a exercer o jamais proclamado direito de sonhar?
Que tal delirarmos um pouquinho?
Vamos fixar o olhar num ponto além da infâmia para adivinhar outro mundo possível:o ar estará livre do veneno que não vier dos medos humanos e das humanas paixões;nas ruas, os automóveis serão esmagados pelos cães;as pessoas não serão dirigidas pelos automóveis, nem programadas pelo computador, nem compradas pelo supermercado e nem olhadas pelo televisor;o televisor deixará de ser o membro mais importante da família e será tratado como o ferro de passar e a máquina de lavar roupa;as pessoas trabalharão para viver, ao invés de viver para trabalhar;será incorporado aos códigos penais o delito da estupidez, cometido por aqueles que vivem para ter e para ganhar, ao invés de viver apenas por viver, como canta o pássaro sem saber que canta e brinca a criança sem saber que brinca;em nenhum país serão presos os jovens que se negarem a prestar o serviço militar, mas irão para a cadeia os que desejarem prestá-lo;os economistas não chamarão nível de vida ao nível de consumo, nem chamarão qualidade de vida à qualidade de coisas;os cozinheiros não acreditarão que as lagostas gostam de ser fervidas vivas;os historiadores não acreditarão que os países gostam de ser invadidos;os políticos não acreditarão que os pobres gostam de comer promessas;ninguém acreditará que a solenidade é uma virtude e ninguém levará a sério aquele que não for capaz de deixar de ser sério;a morte e o dinheiro perderão seus mágicos poderes e nem por falecimento nem por fortuna o canalha será formado em virtuoso cavaleiro;ninguém será considerado herói ou pascácio por fazer o que acha justo em lugar de fazer o que mais lhe convém;o mundo já não estará em guerra contra os pobres, mas contra a pobreza, e a indústria militar não terá outro remédio senão declarar-se em falência;a comida não será uma mercadoria e nem a comunicação um negócio, porque a comida e a comunicação são direitos humanos;ninguém morrerá de fome, porque ninguém morrerá de indigestão;os meninos de rua não serão tratados como lixo, porque não haverá meninos de rua;os meninos ricos não serão tratados como se fossem dinheiro, porque não haverá meninos ricos;a educação não será um privilégio de quem possa pagá-la;a polícia não será o terror de quem não possa comprá-la;a justiça e a liberdade, irmãs siamesas condenadas a viver separadas, tornarão a se unir, bem juntinhas, ombro contra ombro;uma mulher, negra, será presidente do Brasil, e outra mulher, negra, será presidente dos Estados Unidos da América; e uma mulher índia governará a Guatemala e outra o Peru;na Argentina, as loucas da Praça de Maio serão um exemplo de saúde mental, porque se negaram a esquecer nos tempos da amnésia obrigatória;a Santa Madre Igreja corrigirá os erros das tábuas de Moisés e o sexto mandamento ordenará que se festeje o corpo;a Igreja também ditará outro mandamento, do qual Deus se esqueceu: "Amarás a natureza, da qual fazes parte" .serão reflorestados os desertos do mundo e os desertos da alma;os desesperados serão esperados e os perdidos serão encontrados, porque eles são os que se desesperam de tanto esperar e os que se perderam de tanto procurar;seremos compatriotas e contemporâneos de todos os que tenham aspiração de justiça e aspiração de beleza, tenham nascido onde tenham nascido e tenham vivido quando tenham vivido, sem que importem nem um pouco as fronteiras do mapa ou do tempo;a perfeição continuará sendo um aborrecido privilégio dos deuses; mas neste mundo confuso e fastidioso, cada noite será vivida como se fosse a última e cada dia como se fosse o primeiro.*
Eduardo Galeano é jornalista e escritor, entre outros, de O Século do Vento, As Caras e as Máscaras, Os Nascimentos, O Futebol ao sol e à sombra, O Livro dos Abraços, Dias e noites de amor e de guerra e As Veias abertas da América Latina.
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domingo, dezembro 19, 2004
19 de Dezembro de 2004
As decisões da Mesa Nacional e a política do Bloco em relação ao futuro governo Sócrates
A edição de hoje do jornal "Público" tem como manchete da primeira página o "apoio" do Bloco a um futuro governo do PS. Essa notícia não tem fundamento. Aliás, não é a primeira vez que o "Público" faz esta interpretação e desenvolve esta tese - como se lembram, já o tinha escrito no Verão passado. Assim, esclarece-se que:
1. A Mesa Nacional reuniu ontem para ratificar as listas sugeridas pelas assembleias distritais e para definir a orientação e o programa para as eleições. Apesar das diversas opiniões e sensibilidades, o programa e a política para as eleições foram aprovados por unanimidade e indicam uma linha sem qualquer ambiguidade.
2. O programa, tal como foi discutido nas reuniões distritais, define o Bloco como uma proposta alternativa na esquerda, que elegerá deputadas e deputados que, procurando a anunciada derrota da direita, não participarão num governo PS nem com ele farão acordos pós-eleitorais , dado que o programa do PS e o do Bloco são contraditórios. Em consequência, o Bloco será oposição a tal governo porque manterá a fidelidade devida ao compromisso com os eleitores e actuará sempre em conformidade com tal compromisso. Foi assim que procedemos perante o governo Guterres, que criticamos e que, quando estava mergulhado no pântano político, enfrentamos com uma moção de censura, não deixando de procurar propor e aprovar medidas fundamentais, como foi a nova Lei de Bases da Segurança Social.
3. O programa eleitoral do Bloco indica as dez medidas que devem ser concretizadas logo após as eleições para abrir um novo ciclo de políticas : um programa de urgência para combater o desemprego e reduzir a precariedade, com a revogação do Código Laboral, a legalização do aborto, a retira da GNR do Iraque, a reintegração dos Hospitais SA no sector público administrativo, o levantamento do segredo bancário para o combate à corrupção e fraude fiscal, a legalização de imigrantes, a renegociação do Pacto de Estabilidade e Crescimento entre outras medidas. Em todas essas questões, demonstramos o que representa a nossa alternativa para o governo e demonstramos aos eleitores a nossa diferença essencial em relação ao PS. Queremos mobilizar a maioria dos eleitores de esquerda para este debate ! e tornar claro o sentido fundamental das nossas propostas. Assim, os eleitores poderão escolher entre o continuismo guterrista e uma esquerda capaz de determinar um novo ciclo de políticas.
4. O programa desenvolve igualmente em detalhe as nossas respostas estratégicas para a qualificação dos serviços públicos (saúde e educação), para o combate ao atraso (redução da pobreza, recuperação do poder de compra, convergência das pensões, políticas de ambiente e território), para o desenvolvimento dos direitos sociais, para a sociedade de informação e cultura e para a Europa. Pretendemos assim aprofundar a consistência de uma esquerda combativa e mobilizadora, que se apresenta como direcção alternativa para sair dos impasses da esquerda tradicional, do guterrismo ao PC.
5. Perante as declarações de Paulo Portas de que, perante a vitória anunciada do PS, procuraria em todo o caso fazer um governo PSD-PP, o Bloco veio desvalorizar esta maquinação e indicar que nunca se juntaria aos votos da direita para favorecer, através da rejeição imediata do programa de um governo que acabou de ser eleito depois de três anos da direita no poder, um novo governo da direita ou novas eleições de imediato. Essas seriam as consequências do chumbo do governo nas suas primeiras semanas e o Bloco não aceita nem uma nem outra. Mas fica igualmente claro que o Bloco nunca aprovará orçamentos ou leis com as quais não concorde e que não dêm resposta aos problemas imediatos do país.
6. O Bloco, que procura sair reforçado destas eleições, será sempre coerente: procuramos determinar políticas na luta social e na proposta política. Assim fizemos em relação à descriminalização da toxicodependência ou ao início da reforma fiscal quando o PS era maioria relativa, assim fizemos com a legalização das medicinas alternativas e a protecção dos direitos à informação genética pessoal nesta legislatura. É o que continuaremos a fazer, procurando determinar maiorias sociais e políticas para mudanças importantes e respeitando o nosso mandato.
7. As eleições não se podem resumir a discutir a engenharia do poder pós-eleitoral. O Bloco não contribuirá para qualquer confusão, malgrado todas as interpretações que possam surgir. O Bloco, pelo contrário, tudo fará para clarificiar políticas e alternativas, para discutir problemas sociais, para provocar o debate sobre as questões essenciais: o desemprego e a corrupção. Essa é a natureza da nossa campanha, que começa já, e que faremos com determinação, respondendo à confiança de amplos sectores populares que nos exigem a coerência que sempre tivemos e que sempre respeitaremos.
A Comissão Permanente do BE
As decisões da Mesa Nacional e a política do Bloco em relação ao futuro governo Sócrates
A edição de hoje do jornal "Público" tem como manchete da primeira página o "apoio" do Bloco a um futuro governo do PS. Essa notícia não tem fundamento. Aliás, não é a primeira vez que o "Público" faz esta interpretação e desenvolve esta tese - como se lembram, já o tinha escrito no Verão passado. Assim, esclarece-se que:
1. A Mesa Nacional reuniu ontem para ratificar as listas sugeridas pelas assembleias distritais e para definir a orientação e o programa para as eleições. Apesar das diversas opiniões e sensibilidades, o programa e a política para as eleições foram aprovados por unanimidade e indicam uma linha sem qualquer ambiguidade.
2. O programa, tal como foi discutido nas reuniões distritais, define o Bloco como uma proposta alternativa na esquerda, que elegerá deputadas e deputados que, procurando a anunciada derrota da direita, não participarão num governo PS nem com ele farão acordos pós-eleitorais , dado que o programa do PS e o do Bloco são contraditórios. Em consequência, o Bloco será oposição a tal governo porque manterá a fidelidade devida ao compromisso com os eleitores e actuará sempre em conformidade com tal compromisso. Foi assim que procedemos perante o governo Guterres, que criticamos e que, quando estava mergulhado no pântano político, enfrentamos com uma moção de censura, não deixando de procurar propor e aprovar medidas fundamentais, como foi a nova Lei de Bases da Segurança Social.
3. O programa eleitoral do Bloco indica as dez medidas que devem ser concretizadas logo após as eleições para abrir um novo ciclo de políticas : um programa de urgência para combater o desemprego e reduzir a precariedade, com a revogação do Código Laboral, a legalização do aborto, a retira da GNR do Iraque, a reintegração dos Hospitais SA no sector público administrativo, o levantamento do segredo bancário para o combate à corrupção e fraude fiscal, a legalização de imigrantes, a renegociação do Pacto de Estabilidade e Crescimento entre outras medidas. Em todas essas questões, demonstramos o que representa a nossa alternativa para o governo e demonstramos aos eleitores a nossa diferença essencial em relação ao PS. Queremos mobilizar a maioria dos eleitores de esquerda para este debate ! e tornar claro o sentido fundamental das nossas propostas. Assim, os eleitores poderão escolher entre o continuismo guterrista e uma esquerda capaz de determinar um novo ciclo de políticas.
4. O programa desenvolve igualmente em detalhe as nossas respostas estratégicas para a qualificação dos serviços públicos (saúde e educação), para o combate ao atraso (redução da pobreza, recuperação do poder de compra, convergência das pensões, políticas de ambiente e território), para o desenvolvimento dos direitos sociais, para a sociedade de informação e cultura e para a Europa. Pretendemos assim aprofundar a consistência de uma esquerda combativa e mobilizadora, que se apresenta como direcção alternativa para sair dos impasses da esquerda tradicional, do guterrismo ao PC.
5. Perante as declarações de Paulo Portas de que, perante a vitória anunciada do PS, procuraria em todo o caso fazer um governo PSD-PP, o Bloco veio desvalorizar esta maquinação e indicar que nunca se juntaria aos votos da direita para favorecer, através da rejeição imediata do programa de um governo que acabou de ser eleito depois de três anos da direita no poder, um novo governo da direita ou novas eleições de imediato. Essas seriam as consequências do chumbo do governo nas suas primeiras semanas e o Bloco não aceita nem uma nem outra. Mas fica igualmente claro que o Bloco nunca aprovará orçamentos ou leis com as quais não concorde e que não dêm resposta aos problemas imediatos do país.
6. O Bloco, que procura sair reforçado destas eleições, será sempre coerente: procuramos determinar políticas na luta social e na proposta política. Assim fizemos em relação à descriminalização da toxicodependência ou ao início da reforma fiscal quando o PS era maioria relativa, assim fizemos com a legalização das medicinas alternativas e a protecção dos direitos à informação genética pessoal nesta legislatura. É o que continuaremos a fazer, procurando determinar maiorias sociais e políticas para mudanças importantes e respeitando o nosso mandato.
7. As eleições não se podem resumir a discutir a engenharia do poder pós-eleitoral. O Bloco não contribuirá para qualquer confusão, malgrado todas as interpretações que possam surgir. O Bloco, pelo contrário, tudo fará para clarificiar políticas e alternativas, para discutir problemas sociais, para provocar o debate sobre as questões essenciais: o desemprego e a corrupção. Essa é a natureza da nossa campanha, que começa já, e que faremos com determinação, respondendo à confiança de amplos sectores populares que nos exigem a coerência que sempre tivemos e que sempre respeitaremos.
A Comissão Permanente do BE
O espectáculo continua
O governo Santana / Portas já não nos consegue surpreender, a não ser na diversidade de anedotas com que, todos os dias, nos presenteia. Ultimamente tem apresentado a versão “O que hoje é verdade amanhã é mentira”. A sua capacidade criadora é tão grande que, rapidamente, uma anedota fica desactualizada. Um livro em que fossem compiladas todas as frivolidades que este governo gerou, apenas em quatro meses, corria o risco de ir parar ao top de vendas deste Natal. Mas o autor ainda ficaria com a garantia de poder aprontar outro até ao fim de Fevereiro…
No dia 15 de Dezembro de 2004, sabíamos que o Governo se preparava para vender, por ajuste directo, 65 imóveis do Estado, alguns deles, de grande valor arquitectónico e situados em zonas nobres de Lisboa e Porto. Esta alienação do património de todos nós, feita à pressa, tinha como fim obter os milhões de euros para equilibrar as contas públicas e ficar bem visto perante os senhores de Bruxelas.
Como esses equipamentos imobiliários tinham que continuar a ser utilizados por vários serviços do Estado, a solução seria passar a pagar uma renda aos novos proprietários, provavelmente, estrangeiros.
Mas os noticiários das treze horas do dia seguinte (16 de Dezembro) comunicavam que, afinal, os imóveis já não iriam ser vendidos mas, sim, cedida a sua exploração… É um fartote!
Consta mesmo (a sério!) que as barafundas criadas por este governo são tema frequente na comunicação social estrangeira.
O problema é que estamos todos a pagar dos nossos bolsos e, por que preço, o espectáculo com que quotidianamente somos brindados. É isto que cada português deve ter presente, quando for depositar o seu voto no próximo dia 20 de Fevereiro. Se desejar que as mesmas cenas continuem, só tem de escolher um dos actuais protagonistas da maioria de direita. Se quiser garantir o fim das nefastas políticas neoliberais que, todos os dias, acrescentam, em média, 400 novos desempregados, só pode confiar no Bloco de Esquerda já que sabem o que esta formação política defende, sem qualquer margem de dúvidas.
Um voto só é útil se for para quem dê garantias de cumprir aquilo que propõe, e não para quem nos vá dar mais do mesmo, ainda que com uma roupagem dita de esquerda…É bom estar alerta e não esquecer a chamada “Terceira Via” de Blair que parece ter seguidores em Portugal.
Luis Moleiro
O governo Santana / Portas já não nos consegue surpreender, a não ser na diversidade de anedotas com que, todos os dias, nos presenteia. Ultimamente tem apresentado a versão “O que hoje é verdade amanhã é mentira”. A sua capacidade criadora é tão grande que, rapidamente, uma anedota fica desactualizada. Um livro em que fossem compiladas todas as frivolidades que este governo gerou, apenas em quatro meses, corria o risco de ir parar ao top de vendas deste Natal. Mas o autor ainda ficaria com a garantia de poder aprontar outro até ao fim de Fevereiro…
No dia 15 de Dezembro de 2004, sabíamos que o Governo se preparava para vender, por ajuste directo, 65 imóveis do Estado, alguns deles, de grande valor arquitectónico e situados em zonas nobres de Lisboa e Porto. Esta alienação do património de todos nós, feita à pressa, tinha como fim obter os milhões de euros para equilibrar as contas públicas e ficar bem visto perante os senhores de Bruxelas.
Como esses equipamentos imobiliários tinham que continuar a ser utilizados por vários serviços do Estado, a solução seria passar a pagar uma renda aos novos proprietários, provavelmente, estrangeiros.
Mas os noticiários das treze horas do dia seguinte (16 de Dezembro) comunicavam que, afinal, os imóveis já não iriam ser vendidos mas, sim, cedida a sua exploração… É um fartote!
Consta mesmo (a sério!) que as barafundas criadas por este governo são tema frequente na comunicação social estrangeira.
O problema é que estamos todos a pagar dos nossos bolsos e, por que preço, o espectáculo com que quotidianamente somos brindados. É isto que cada português deve ter presente, quando for depositar o seu voto no próximo dia 20 de Fevereiro. Se desejar que as mesmas cenas continuem, só tem de escolher um dos actuais protagonistas da maioria de direita. Se quiser garantir o fim das nefastas políticas neoliberais que, todos os dias, acrescentam, em média, 400 novos desempregados, só pode confiar no Bloco de Esquerda já que sabem o que esta formação política defende, sem qualquer margem de dúvidas.
Um voto só é útil se for para quem dê garantias de cumprir aquilo que propõe, e não para quem nos vá dar mais do mesmo, ainda que com uma roupagem dita de esquerda…É bom estar alerta e não esquecer a chamada “Terceira Via” de Blair que parece ter seguidores em Portugal.
Luis Moleiro
sexta-feira, dezembro 17, 2004
A TURQUIA
Passo a citar um artigo jornalístico publicado no diário “A Capital”,de 17 de Dezembro de 2004, assinado por Fernanda Mira:
“Os chefes de estado e de governo da EU, dizem que o país (a Turquia), tem dez anos para sair da “medievalidade” .Neste termo cabe todas as criticas à prática religiosa do povo turco. Quer concordemos ou não com os desígnios do islamismo, ele é a essência da Turquia”.
Conclui assim a jornalista o artigo: “Veremos se não se concretizam as palavras de Kadhafi;(haverá consequências da entrada do cavalo de Tróia).
Se não fosse esta opinião encontrar ultimamente eco no seio de muita boa gente, não me daria ao trabalho de a comentar. Mas o que se passa é que este tipo de argumentação colhe a simpatia de muitos notáveis e também de muito do que chamamos “o homem de rua”. Desta forma e dito de maneira directa, esta argumentação poderia ser traduzida da seguinte maneira (A Turquia até é um país simpático (e exótico), só que lá infelizmente predomina uma religião “feudalizante”) .
Muitos dos defensores desta tese, não dizem uma palavra sobre a tortura de sindicalistas, sobre o encarceramento de militantes de esquerda, sobre a cruel repressão sobre os curdos (esta repressão é vista com bons olhos por alguns, mas era um crime quando os repressores eram soldados a mando de Sadam Hussein.
Pode-se dizer que uma boa parte dos nosssos esclarecidos já pegou o vírus da intolerância religiosa, e foram em definitivo contagiados pelas teorias de Bush e dos Bin Ladens.
De facto o grande pecado original da Turquia é o imenso poder do complexo militar –armamentista, poder esse que impressiona qualquer um, basta visitar Konia e percorrer 70 Km. de estrada sempre bordejada por enormes fábricas de armamento.
O super exército Turco tem um poder que invade o domínio político e que esvazia em grande parte a essência do regime dito democrático.
Já tive oportunidade de ver esse mega exército em acção, pois estava na Turquia quando do golpe de estado dirigido pelo general Evren em1980.
Estive na praça Aksaray debaixo de fogo durante um quarto de hora e pude ver como uma unidade de PMs, matou todos os ocupantes de um velho Buick que teve uma trajectória duvidosa, dando a entender que se propunha atropelar um grupo de soldados turcos.
Na semana seguinte ao golpe de estado, foram fuzilados centenas de sindicalistas e militantes de esquerda.
Alguns desses generais estão ainda hoje em lugares chave do exército turco.
Mas apesar de tudo isto, algumas cabeças iluminadas, só vêem o perigo do cavalo de tróia islâmico. Eles são os defensores da pureza religiosa da Europa e não querem misturas (cada um no seu lugar). Talvez num futuro próximo, sejam vistos a predicar pelas estradas em favor da constituição de uma inquisição pós-moderna.
Basta de fugir ao essencial da questão Turca. É tempo da Europa fazer uma monitorização eficaz em relação aos direitos humanos e garantias, e ao respeito pelas culturas minoritárias. Essa monitorização é absolutamente necessária, pois também os Turcos são especialistas na construção de relatórios que não correspondem às realidades no terreno, (afinal, não somos só nós!).
Fernando Gregorio
Passo a citar um artigo jornalístico publicado no diário “A Capital”,de 17 de Dezembro de 2004, assinado por Fernanda Mira:
“Os chefes de estado e de governo da EU, dizem que o país (a Turquia), tem dez anos para sair da “medievalidade” .Neste termo cabe todas as criticas à prática religiosa do povo turco. Quer concordemos ou não com os desígnios do islamismo, ele é a essência da Turquia”.
Conclui assim a jornalista o artigo: “Veremos se não se concretizam as palavras de Kadhafi;(haverá consequências da entrada do cavalo de Tróia).
Se não fosse esta opinião encontrar ultimamente eco no seio de muita boa gente, não me daria ao trabalho de a comentar. Mas o que se passa é que este tipo de argumentação colhe a simpatia de muitos notáveis e também de muito do que chamamos “o homem de rua”. Desta forma e dito de maneira directa, esta argumentação poderia ser traduzida da seguinte maneira (A Turquia até é um país simpático (e exótico), só que lá infelizmente predomina uma religião “feudalizante”) .
Muitos dos defensores desta tese, não dizem uma palavra sobre a tortura de sindicalistas, sobre o encarceramento de militantes de esquerda, sobre a cruel repressão sobre os curdos (esta repressão é vista com bons olhos por alguns, mas era um crime quando os repressores eram soldados a mando de Sadam Hussein.
Pode-se dizer que uma boa parte dos nosssos esclarecidos já pegou o vírus da intolerância religiosa, e foram em definitivo contagiados pelas teorias de Bush e dos Bin Ladens.
De facto o grande pecado original da Turquia é o imenso poder do complexo militar –armamentista, poder esse que impressiona qualquer um, basta visitar Konia e percorrer 70 Km. de estrada sempre bordejada por enormes fábricas de armamento.
O super exército Turco tem um poder que invade o domínio político e que esvazia em grande parte a essência do regime dito democrático.
Já tive oportunidade de ver esse mega exército em acção, pois estava na Turquia quando do golpe de estado dirigido pelo general Evren em1980.
Estive na praça Aksaray debaixo de fogo durante um quarto de hora e pude ver como uma unidade de PMs, matou todos os ocupantes de um velho Buick que teve uma trajectória duvidosa, dando a entender que se propunha atropelar um grupo de soldados turcos.
Na semana seguinte ao golpe de estado, foram fuzilados centenas de sindicalistas e militantes de esquerda.
Alguns desses generais estão ainda hoje em lugares chave do exército turco.
Mas apesar de tudo isto, algumas cabeças iluminadas, só vêem o perigo do cavalo de tróia islâmico. Eles são os defensores da pureza religiosa da Europa e não querem misturas (cada um no seu lugar). Talvez num futuro próximo, sejam vistos a predicar pelas estradas em favor da constituição de uma inquisição pós-moderna.
Basta de fugir ao essencial da questão Turca. É tempo da Europa fazer uma monitorização eficaz em relação aos direitos humanos e garantias, e ao respeito pelas culturas minoritárias. Essa monitorização é absolutamente necessária, pois também os Turcos são especialistas na construção de relatórios que não correspondem às realidades no terreno, (afinal, não somos só nós!).
Fernando Gregorio
Aos aderentes e simpatizantes do BE/Algarve
ASSEMBLEIA DISTRITAL
PREPARA ELEIÇÕES ANTECIPADAS
É já no próximo dia 17 de Dezembro, Sexta-feira, que o BE/Algarve vai realizar a sua Assembleia Distrital preparatória da pré-campanha e da campanha com vista à participação nas eleições legislativas antecipadas pelo PR para 20 de Fevereiro de 2005. A Assembleia terá lugar na Sala de Reuniões da Junta de Freguesia da Sé – Faro, a partir das 21.30 horas.
Iremos debater e decidir sobre os critérios e concretização da lista candidata pelo Algarve, bem como o seu 1º Candidato. Estará também em debate uma proposta de elaboração do programa eleitoral e de iniciativas e calendário para a campanha.
A reunião contará com a presença de Fernando Rosas do secretariado da Mesa Nacional.
Desde já convidam-se todos os aderentes e simpatizantes a participarem na Assembleia Distrital.
Faro, 14 / 12 / 04
A Comissão Coordenadora Distrital
do BE/Algarve
NOTA – Para quem esteja interessado informa-se também que, antes da Assembleia, a Coordenadora Distrital jantará com o camarada Fernando Rosas –jantar de trabalho! – no Restaurante Copacabana, em Faro, pelas 20.00 horas.
ASSEMBLEIA DISTRITAL
PREPARA ELEIÇÕES ANTECIPADAS
É já no próximo dia 17 de Dezembro, Sexta-feira, que o BE/Algarve vai realizar a sua Assembleia Distrital preparatória da pré-campanha e da campanha com vista à participação nas eleições legislativas antecipadas pelo PR para 20 de Fevereiro de 2005. A Assembleia terá lugar na Sala de Reuniões da Junta de Freguesia da Sé – Faro, a partir das 21.30 horas.
Iremos debater e decidir sobre os critérios e concretização da lista candidata pelo Algarve, bem como o seu 1º Candidato. Estará também em debate uma proposta de elaboração do programa eleitoral e de iniciativas e calendário para a campanha.
A reunião contará com a presença de Fernando Rosas do secretariado da Mesa Nacional.
Desde já convidam-se todos os aderentes e simpatizantes a participarem na Assembleia Distrital.
Faro, 14 / 12 / 04
A Comissão Coordenadora Distrital
do BE/Algarve
NOTA – Para quem esteja interessado informa-se também que, antes da Assembleia, a Coordenadora Distrital jantará com o camarada Fernando Rosas –jantar de trabalho! – no Restaurante Copacabana, em Faro, pelas 20.00 horas.
quinta-feira, dezembro 16, 2004
Bloco prepara Legislativas
Fernando Rosas vem ao Algarve estabelecer as prioridades nacionais da força política O Bloco de Esquerda do Algarve vai realizar amanhã, 17 de Dezembro, a sua Assembleia Distrital preparatória da pré-campanha e da campanha com vista à participação nas eleições legislativas antecipadas. A reunião contará com a presença de Fernando Rosas, do secretariado da Mesa Nacional, que abordará os principais aspectos do momento político e das prioridades nacionais do Bloco de Esquerda para estas eleições. A Assembleia terá lugar na sala de reuniões da Junta de Freguesia da Sé, em Faro, a partir das 21:30 horas. Estarão em debate os critérios e a concretização da lista candidata pelo Algarve, assim como a definição do cabeça-de-lista. O Bloco vai também debater uma proposta de elaboração do programa eleitoral, as iniciativas regionais e o calendário para a campanha.
RB/RS
16 de Dezembro de 2004 12:07
Fernando Rosas vem ao Algarve estabelecer as prioridades nacionais da força política O Bloco de Esquerda do Algarve vai realizar amanhã, 17 de Dezembro, a sua Assembleia Distrital preparatória da pré-campanha e da campanha com vista à participação nas eleições legislativas antecipadas. A reunião contará com a presença de Fernando Rosas, do secretariado da Mesa Nacional, que abordará os principais aspectos do momento político e das prioridades nacionais do Bloco de Esquerda para estas eleições. A Assembleia terá lugar na sala de reuniões da Junta de Freguesia da Sé, em Faro, a partir das 21:30 horas. Estarão em debate os critérios e a concretização da lista candidata pelo Algarve, assim como a definição do cabeça-de-lista. O Bloco vai também debater uma proposta de elaboração do programa eleitoral, as iniciativas regionais e o calendário para a campanha.
RB/RS
16 de Dezembro de 2004 12:07
Bens públicos vendidos em saldo de fim de estação!!
f greg
in:grão de areia-ATTAC
Inacreditável!
«O Governo prepara-se para vender 65 imóveis por ajuste directo como forma de salvar as contas públicas de 2004, quando prometeu no Parlamento fazê-lo "preferencialmente por hasta pública". Após a venda, os serviços públicos que laboram nesses edifícios passarão a ser inquilinos e a pagar a respectiva renda, mas o Ministério das Finanças não adiantou qualquer estimativa de custos futuros dessas rendas. A venda está a suscitar críticas de vários sectores.»«Governo deixa cair hasta pública para venda de imóveis do Estado», por João Ramos de Almeida, "Público".
f greg
in:grão de areia-ATTAC
Inacreditável!
«O Governo prepara-se para vender 65 imóveis por ajuste directo como forma de salvar as contas públicas de 2004, quando prometeu no Parlamento fazê-lo "preferencialmente por hasta pública". Após a venda, os serviços públicos que laboram nesses edifícios passarão a ser inquilinos e a pagar a respectiva renda, mas o Ministério das Finanças não adiantou qualquer estimativa de custos futuros dessas rendas. A venda está a suscitar críticas de vários sectores.»«Governo deixa cair hasta pública para venda de imóveis do Estado», por João Ramos de Almeida, "Público".
quarta-feira, dezembro 15, 2004
Texto extraido do site dos "renovadores".
A angústia do PCP
Por Carlos Brito
Expresso, 11 Dezembro 04
O QUE mais impressiona no recente congresso do PCP é a obsessão sectária da direcção que impede o partido de tomar consciência da dimensão das suas dificuldades e das mudanças de rumo indispensáveis para lhes fazer frente. Há três aspectos em que esta cegueira obsessiva me parece particularmente evidente.
O primeiro, relativo à chamada vida interna. Em vez do esforço, recomendado pelo declínio do partido e a situação do país, para reganhar militantes sancionados, afastados ou desmobilizados pelas orientações persecutórias dos últimos anos, o congresso agravou essas orientações persecutórias, a começar pela doutrina vazada na «resolução política», em que os sectores críticos são equiparados a inimigos do partido, passando pela discriminatória selecção de delegados e culminando com as manifestações de rancorosa hostilidade aos dois corajosos militantes que se atreveram a contrariar na tribuna do congresso a linha preconizada pela direcção.
Em segundo lugar, no plano da política de alianças. Em vez do contributo, exigido pela desbragada política da direita no poder, para abrir uma ousada perspectiva de alternativa de esquerda, a começar pelo anúncio da disponibilidade para um novo relacionamento e um novo diálogo entre as suas componentes, o congresso optou por malhar forte nas outras forças de esquerda, em especial no PS, e adoptou as posições mais isolacionistas, fechadas e sectárias dos últimos 30 anos, na ilusão esquerdista de que é assim que se ganham apoios e influência.
Em terceiro lugar, no plano ideológico. Em vez do incentivo à análise marxista e crítica das novas realidades do país e do mundo, nomeadamente a evolução do capitalismo e os fenómenos actuais no domínio do trabalho, em vez do impulso à reflexão autocrítica sobre as orientações e a prática do partido e do movimento comunista, o congresso optou por uma exaltação irracional do marxismo-leninismo, semelhante à dos grupúsculos «M-L» dos anos sessenta, consagradora das tendências estalinista e castradora de qualquer pensamento autónomo e criador.
Assim, não admira que o PCP tenha sido completamente surpreendido pela dissolução da Assembleia da República. A obsessão sectária já tinha «arrumado» Jorge Sampaio, desde pelo menos a festa do «Avante!», ao lado dos apoiantes do Governo de direita e como confessou candidamente, em entrevista, o actual secretário-geral, Jerónimo de Sousa, só esperava a queda do Governo por efeito das manifestações dos trabalhadores na rua.
E aqui começa a actual angústia eleitoral do PCP.
As proclamações oratórias ainda podem disfarçar a ausência de ideias e de propostas correctas e mobilizadoras, mas já não substituem os militantes dedicados, talentosos e prestigiados que foram afastados, se afastaram ou permanecem sob suspeição, mas que são indispensáveis como candidatos ou grandes animadores das campanhas eleitorais.
Por mais que se grite, as tiradas retóricas não conseguem encobrir os desaires eleitorais.
O drama presente da família comunista no nosso país reside nesta dupla situação: de um lado, um partido que definha mergulhado no sectarismo, no esquerdismo, na burocracia e perde quadros, influência e prestígio; do outro, milhares de comunistas que não querem outra opção partidária e que não se resignam à inacção, mas que foram afastados ou se afastaram por não se reconhecerem mais no partido que foi o seu, tal como é agora.
A Renovação Comunista já agendou para princípios de Janeiro de 2005 a passagem de movimento informal a Associação Política, outros críticos preferem permanecer como comunistas independentes. Todos sonham com a reunificação da família comunista numa casa comum onde, no respeito pelas diferenças de opinião, seja possível retomar com novas energias a luta pelo projecto comunista em Portugal.
A angústia do PCP
Por Carlos Brito
Expresso, 11 Dezembro 04
O QUE mais impressiona no recente congresso do PCP é a obsessão sectária da direcção que impede o partido de tomar consciência da dimensão das suas dificuldades e das mudanças de rumo indispensáveis para lhes fazer frente. Há três aspectos em que esta cegueira obsessiva me parece particularmente evidente.
O primeiro, relativo à chamada vida interna. Em vez do esforço, recomendado pelo declínio do partido e a situação do país, para reganhar militantes sancionados, afastados ou desmobilizados pelas orientações persecutórias dos últimos anos, o congresso agravou essas orientações persecutórias, a começar pela doutrina vazada na «resolução política», em que os sectores críticos são equiparados a inimigos do partido, passando pela discriminatória selecção de delegados e culminando com as manifestações de rancorosa hostilidade aos dois corajosos militantes que se atreveram a contrariar na tribuna do congresso a linha preconizada pela direcção.
Em segundo lugar, no plano da política de alianças. Em vez do contributo, exigido pela desbragada política da direita no poder, para abrir uma ousada perspectiva de alternativa de esquerda, a começar pelo anúncio da disponibilidade para um novo relacionamento e um novo diálogo entre as suas componentes, o congresso optou por malhar forte nas outras forças de esquerda, em especial no PS, e adoptou as posições mais isolacionistas, fechadas e sectárias dos últimos 30 anos, na ilusão esquerdista de que é assim que se ganham apoios e influência.
Em terceiro lugar, no plano ideológico. Em vez do incentivo à análise marxista e crítica das novas realidades do país e do mundo, nomeadamente a evolução do capitalismo e os fenómenos actuais no domínio do trabalho, em vez do impulso à reflexão autocrítica sobre as orientações e a prática do partido e do movimento comunista, o congresso optou por uma exaltação irracional do marxismo-leninismo, semelhante à dos grupúsculos «M-L» dos anos sessenta, consagradora das tendências estalinista e castradora de qualquer pensamento autónomo e criador.
Assim, não admira que o PCP tenha sido completamente surpreendido pela dissolução da Assembleia da República. A obsessão sectária já tinha «arrumado» Jorge Sampaio, desde pelo menos a festa do «Avante!», ao lado dos apoiantes do Governo de direita e como confessou candidamente, em entrevista, o actual secretário-geral, Jerónimo de Sousa, só esperava a queda do Governo por efeito das manifestações dos trabalhadores na rua.
E aqui começa a actual angústia eleitoral do PCP.
As proclamações oratórias ainda podem disfarçar a ausência de ideias e de propostas correctas e mobilizadoras, mas já não substituem os militantes dedicados, talentosos e prestigiados que foram afastados, se afastaram ou permanecem sob suspeição, mas que são indispensáveis como candidatos ou grandes animadores das campanhas eleitorais.
Por mais que se grite, as tiradas retóricas não conseguem encobrir os desaires eleitorais.
O drama presente da família comunista no nosso país reside nesta dupla situação: de um lado, um partido que definha mergulhado no sectarismo, no esquerdismo, na burocracia e perde quadros, influência e prestígio; do outro, milhares de comunistas que não querem outra opção partidária e que não se resignam à inacção, mas que foram afastados ou se afastaram por não se reconhecerem mais no partido que foi o seu, tal como é agora.
A Renovação Comunista já agendou para princípios de Janeiro de 2005 a passagem de movimento informal a Associação Política, outros críticos preferem permanecer como comunistas independentes. Todos sonham com a reunificação da família comunista numa casa comum onde, no respeito pelas diferenças de opinião, seja possível retomar com novas energias a luta pelo projecto comunista em Portugal.
terça-feira, dezembro 14, 2004
A reter… (1)
…do relatório da UNICEF para 2005 sobre a situação mundial da infância:
Há mais de 1000 milhões de crianças pobres;
Mais de metade das crianças sofrem provações extremas associadas à pobreza, à guerra e ao HIV / Sida;
Ao longo da década de 90, calcula-se que 20 milhões de crianças tiveram de abandonar o lugar onde viviam por força das guerras;
Devido à Sida, a orfandade atinge cerca de 11 milhões de crianças na África sub-saariana;
No resto do mundo há mais 4 milhões nesta situação;
Na África ao sul do Saara vivem 1900000 crianças com HIV;
Os conflitos armados, na sua maioria guerras civis, fizeram desde 1990, 3600000 mortos, dos quais, metade foram crianças;
As guerras fizeram também aumentar em 13% a taxa de mortalidade de menores de 5 anos;
10 milhões destes morreram em 2003;
As desigualdades de rendimento acentuaram-se tanto entre países como no seu interior;
Uma em cada seis crianças sofre de fome;
180 milhões trabalham e nas piores condições;
640 milhões não têm habitação adequada;
500 milhões não têm acesso a saneamento;
400 milhões não têm disponível água potável;
Uma criança morre em cada três segundos por uma doença provocada pela pobreza.
…sobre a divulgação do número de crianças que desempenham as funções de empregadas domésticas:
Nas filipinas são 29000 entre os 10 e os 14 anos;
Em Dhaka, capital do Bangladesh, foram contabilizados 300 mil menores;
No Brasil são 559 mil, entre os 10 e os 17 anos;
No Haiti são assinalados 250 mil, um décimo dos quais, com menos de 10 anos;
Em Jacarta, capital da Indonésia, são 720 mil;
No Paquistão 246 mil;
Em Lima, capital do Peru, 150 mil;
Em Marrocos, entre 68 mil e 88 mil crianças, dos 7 aos 15 anos.
…sobre o número de crianças-soldado:
“Estima-se que, em 40 países, 300 mil crianças, com 12 anos ou mais novas, sejam soldados ou combatentes da guerrilha em conflitos de todo o mundo.”
Noutros 90 países, são 500 mil as que estão alistadas.
Luís Moleiro Santos
…do relatório da UNICEF para 2005 sobre a situação mundial da infância:
Há mais de 1000 milhões de crianças pobres;
Mais de metade das crianças sofrem provações extremas associadas à pobreza, à guerra e ao HIV / Sida;
Ao longo da década de 90, calcula-se que 20 milhões de crianças tiveram de abandonar o lugar onde viviam por força das guerras;
Devido à Sida, a orfandade atinge cerca de 11 milhões de crianças na África sub-saariana;
No resto do mundo há mais 4 milhões nesta situação;
Na África ao sul do Saara vivem 1900000 crianças com HIV;
Os conflitos armados, na sua maioria guerras civis, fizeram desde 1990, 3600000 mortos, dos quais, metade foram crianças;
As guerras fizeram também aumentar em 13% a taxa de mortalidade de menores de 5 anos;
10 milhões destes morreram em 2003;
As desigualdades de rendimento acentuaram-se tanto entre países como no seu interior;
Uma em cada seis crianças sofre de fome;
180 milhões trabalham e nas piores condições;
640 milhões não têm habitação adequada;
500 milhões não têm acesso a saneamento;
400 milhões não têm disponível água potável;
Uma criança morre em cada três segundos por uma doença provocada pela pobreza.
…sobre a divulgação do número de crianças que desempenham as funções de empregadas domésticas:
Nas filipinas são 29000 entre os 10 e os 14 anos;
Em Dhaka, capital do Bangladesh, foram contabilizados 300 mil menores;
No Brasil são 559 mil, entre os 10 e os 17 anos;
No Haiti são assinalados 250 mil, um décimo dos quais, com menos de 10 anos;
Em Jacarta, capital da Indonésia, são 720 mil;
No Paquistão 246 mil;
Em Lima, capital do Peru, 150 mil;
Em Marrocos, entre 68 mil e 88 mil crianças, dos 7 aos 15 anos.
…sobre o número de crianças-soldado:
“Estima-se que, em 40 países, 300 mil crianças, com 12 anos ou mais novas, sejam soldados ou combatentes da guerrilha em conflitos de todo o mundo.”
Noutros 90 países, são 500 mil as que estão alistadas.
Luís Moleiro Santos
sábado, dezembro 11, 2004
Racismo e xenofobia
A ideia generalizada, de que somos um povo tolerante e de brandos costumes, funciona muitas vezes mal na realidade. Não se trata de sermos abertamente xenófobos e racistas, mas a verdade é que é latente a existência, em sectores significativos da nossa sociedade, de sentimentos negativos relativamente a pessoas com cor de pele e origem étnica diferente da nossa e, de um modo geral, a estrangeiros que têm vindo a escolher Portugal para trabalhar e residir.
Exemplo deste facto é um documento em circulação na net que me chegou ao conhecimento, imputando crimes de furto e roubo a cidadãos portugueses e, não só, de “indivíduos do leste”, narrando factos que a serem verdadeiros teriam uma extrema gravidade, mas relativamente aos quais, nem sequer é apontada uma data concreta – “no outro dia”, “a semana passada” – e são de origem difícil de identificar.
Sabendo-se que, diariamente, a comunicação social, em especial a televisão, explora até ao ínfimo pormenor toda e qualquer situação de violência seja em que parte do mundo for, fica assim criado um espaço fértil para o desenvolvimento de sentimentos xenófobos e racistas, aproveitados e fomentados por forças fascistas ou fascizantes, no sentido de criarem, artificialmente, conflitos e antagonismos de perigosas consequências sociais.Esta reflexão vem a propósito de uma conversa que, acidentalmente, presenciei no café, onde era narrado o caso de um assalto perpetrado a um cidadão da nossa cidade por indivíduos “russos”. Tenho pena de não me lembrar das palavras textuais com que os protagonistas da conversa comentavam este caso, mas apercebi-me do sentimento de rejeição que todos nutriam por “esta gente do leste”. Um deles afirmava que já não se podia andar na rua com sossego porque encontrava “aquela gente” por todo o lado, sempre à espera que lhe fizessem mal. Outro, que parecia ser dono de uma pequena indústria, comentava o caso de dois indivíduos de leste que lhe foram pedir trabalho e que ele imediatamente rejeitou, dizendo-lhes que não gostava da sua “raça”. Na sua opinião “os pretos” acobardam-se mais…
Finalmente, a opinião de uma senhora que também fazia parte da conversa, referia-se a “elas” que vêm de longe desinquietar os maridos das portuguesas. Pelos vistos os maridos das portuguesas são muito ingénuos e não sabem defender-se…Nos muitos anos da minha actividade profissional como professor, nunca notei nos alunos, das mais variadas origens, qualquer diferença significativa em termos de comportamento e atitudes que me causassem o mais pequeno impacto negativo.
Antes pelo contrário, os alunos do leste, parecem, na sua maioria, mais empenhados nas aprendizagens e com melhor comportamento que os portugueses.Por outro lado, o facto de Portugal ser um país de emigrantes, com extensas comunidades espalhadas por todo o mundo devia tornar improváveis a emergência de comportamentos xenófobos e racistas na nossa sociedade.
Afinal, entre os nossos compatriotas que se encontram no estrangeiro deve haver alguns que têm comportamentos reprováveis, o que não significa que todos sejam tomados por essa condição negativa.As manifestações de alarmismo contra toda uma comunidade seja ela cigana, africana, brasileira, chinesa, do leste, etc., não podem ser deixadas passar em claro, correndo o risco de se tornarem um monstro incontrolável. A sua desmistificação requer firmeza e inteligência e, sobretudo, um conjunto de meios que não está ao alcance das organizações mais empenhadas nesta problemática. São as entidades oficiais que a devem tomar em mãos.
Luís Moleiro
A ideia generalizada, de que somos um povo tolerante e de brandos costumes, funciona muitas vezes mal na realidade. Não se trata de sermos abertamente xenófobos e racistas, mas a verdade é que é latente a existência, em sectores significativos da nossa sociedade, de sentimentos negativos relativamente a pessoas com cor de pele e origem étnica diferente da nossa e, de um modo geral, a estrangeiros que têm vindo a escolher Portugal para trabalhar e residir.
Exemplo deste facto é um documento em circulação na net que me chegou ao conhecimento, imputando crimes de furto e roubo a cidadãos portugueses e, não só, de “indivíduos do leste”, narrando factos que a serem verdadeiros teriam uma extrema gravidade, mas relativamente aos quais, nem sequer é apontada uma data concreta – “no outro dia”, “a semana passada” – e são de origem difícil de identificar.
Sabendo-se que, diariamente, a comunicação social, em especial a televisão, explora até ao ínfimo pormenor toda e qualquer situação de violência seja em que parte do mundo for, fica assim criado um espaço fértil para o desenvolvimento de sentimentos xenófobos e racistas, aproveitados e fomentados por forças fascistas ou fascizantes, no sentido de criarem, artificialmente, conflitos e antagonismos de perigosas consequências sociais.Esta reflexão vem a propósito de uma conversa que, acidentalmente, presenciei no café, onde era narrado o caso de um assalto perpetrado a um cidadão da nossa cidade por indivíduos “russos”. Tenho pena de não me lembrar das palavras textuais com que os protagonistas da conversa comentavam este caso, mas apercebi-me do sentimento de rejeição que todos nutriam por “esta gente do leste”. Um deles afirmava que já não se podia andar na rua com sossego porque encontrava “aquela gente” por todo o lado, sempre à espera que lhe fizessem mal. Outro, que parecia ser dono de uma pequena indústria, comentava o caso de dois indivíduos de leste que lhe foram pedir trabalho e que ele imediatamente rejeitou, dizendo-lhes que não gostava da sua “raça”. Na sua opinião “os pretos” acobardam-se mais…
Finalmente, a opinião de uma senhora que também fazia parte da conversa, referia-se a “elas” que vêm de longe desinquietar os maridos das portuguesas. Pelos vistos os maridos das portuguesas são muito ingénuos e não sabem defender-se…Nos muitos anos da minha actividade profissional como professor, nunca notei nos alunos, das mais variadas origens, qualquer diferença significativa em termos de comportamento e atitudes que me causassem o mais pequeno impacto negativo.
Antes pelo contrário, os alunos do leste, parecem, na sua maioria, mais empenhados nas aprendizagens e com melhor comportamento que os portugueses.Por outro lado, o facto de Portugal ser um país de emigrantes, com extensas comunidades espalhadas por todo o mundo devia tornar improváveis a emergência de comportamentos xenófobos e racistas na nossa sociedade.
Afinal, entre os nossos compatriotas que se encontram no estrangeiro deve haver alguns que têm comportamentos reprováveis, o que não significa que todos sejam tomados por essa condição negativa.As manifestações de alarmismo contra toda uma comunidade seja ela cigana, africana, brasileira, chinesa, do leste, etc., não podem ser deixadas passar em claro, correndo o risco de se tornarem um monstro incontrolável. A sua desmistificação requer firmeza e inteligência e, sobretudo, um conjunto de meios que não está ao alcance das organizações mais empenhadas nesta problemática. São as entidades oficiais que a devem tomar em mãos.
Luís Moleiro
sexta-feira, dezembro 10, 2004
Portimão continua a apostar no Programa Exercício e Saúde
Protocolos de Colaboração, os Contratos Programa e Palestras Dando continuidade ao trabalho desenvolvido ao nível do Programa Exercício e Saúde, a Câmara Municipal de Portimão vai assinar no dia 15 de Dezembro, pelas 21:00 horas, no Auditório do Centro Comunitário de Alvor, os Protocolos de Colaboração e os Contratos Programa com as instituições do concelho que aderem à iniciativa.
in :Diário on-line Algarve.
Para quando uma verdadeira "Zona Verde", com um circuito de manutenção!!
Já são programas a mais e acções a menos........................enfim,mais do mesmo, sobretudo nos meses que antecedem a disputa eleitoral.
fernando Gregório
Protocolos de Colaboração, os Contratos Programa e Palestras Dando continuidade ao trabalho desenvolvido ao nível do Programa Exercício e Saúde, a Câmara Municipal de Portimão vai assinar no dia 15 de Dezembro, pelas 21:00 horas, no Auditório do Centro Comunitário de Alvor, os Protocolos de Colaboração e os Contratos Programa com as instituições do concelho que aderem à iniciativa.
in :Diário on-line Algarve.
Para quando uma verdadeira "Zona Verde", com um circuito de manutenção!!
Já são programas a mais e acções a menos........................enfim,mais do mesmo, sobretudo nos meses que antecedem a disputa eleitoral.
fernando Gregório
Esclarecimento
A Iniciativa Legislativa de Cidadãos para a Abolição do Segredo Bancário E PARA A JUSTIÇA FISCAL a que o Bloco de Esquerda deu o seu apoio já recolheu um número significativo de assinaturas mas há pessoas que parecem um pouco confusas, pensando que a problemática da abolição do segredo bancário já está resolvida depois de algumas medidas, entretanto, anunciadas pelo governo.
Também há quem tenha receio de ver as suas contas bancárias devassadas. Não têm razão de ser os receios e dúvidas pois, tal como afirma o jornal “ESQUERDA” no seu número de lançamento, “para ser eficaz, o levantamento do segredo bancário tem de ser automático e sobre as contas com grandes movimentos. É isso que permite DETECTAR as diferenças entre esses movimentos e as respectivas declarações fiscais. É assim que se pode apanhar os que mais têm e nunca pagam.
O levantamento do segredo bancário deve abranger milhares de casos: afinal, trata-se de grande parte da elite económica do país, que organiza as suas declarações fiscais segundo o seu “direito” de não pagar impostos.
Fundamentalmente, “o que propõe Bagão é o acesso às contas bancárias DEPOIS de detectada uma fraude, para CONFIRMAR as suspeitas do fisco. Em vez de meia dúzia de autorizações de juízes, como no passado, passaremos a ter dúzia e meia de fraudes detectadas pela administração fiscal”…. É “mudar um pouco para que fique tudo na mesma”, como de costume, quando se trata de os governos de direita estarem dispostos a combater os privilégios dos mais ricos e poderosos.
Entretanto, é de salientar que, com a dissolução da Assembleia da República, a recolha de assinaturas para a INICIATIVA LEGISLATIVA foi suspensa.
LUIS JOSÉ MOLEIRO SANTOS
A Iniciativa Legislativa de Cidadãos para a Abolição do Segredo Bancário E PARA A JUSTIÇA FISCAL a que o Bloco de Esquerda deu o seu apoio já recolheu um número significativo de assinaturas mas há pessoas que parecem um pouco confusas, pensando que a problemática da abolição do segredo bancário já está resolvida depois de algumas medidas, entretanto, anunciadas pelo governo.
Também há quem tenha receio de ver as suas contas bancárias devassadas. Não têm razão de ser os receios e dúvidas pois, tal como afirma o jornal “ESQUERDA” no seu número de lançamento, “para ser eficaz, o levantamento do segredo bancário tem de ser automático e sobre as contas com grandes movimentos. É isso que permite DETECTAR as diferenças entre esses movimentos e as respectivas declarações fiscais. É assim que se pode apanhar os que mais têm e nunca pagam.
O levantamento do segredo bancário deve abranger milhares de casos: afinal, trata-se de grande parte da elite económica do país, que organiza as suas declarações fiscais segundo o seu “direito” de não pagar impostos.
Fundamentalmente, “o que propõe Bagão é o acesso às contas bancárias DEPOIS de detectada uma fraude, para CONFIRMAR as suspeitas do fisco. Em vez de meia dúzia de autorizações de juízes, como no passado, passaremos a ter dúzia e meia de fraudes detectadas pela administração fiscal”…. É “mudar um pouco para que fique tudo na mesma”, como de costume, quando se trata de os governos de direita estarem dispostos a combater os privilégios dos mais ricos e poderosos.
Entretanto, é de salientar que, com a dissolução da Assembleia da República, a recolha de assinaturas para a INICIATIVA LEGISLATIVA foi suspensa.
LUIS JOSÉ MOLEIRO SANTOS
quinta-feira, dezembro 09, 2004
À Mesa Nacional e Comissão de Direitos
1. Segredo Bancário
A Comissão Executiva, na reunião hoje realizada no Porto, decidiu suspendera campanha do segredo bancário, na sequência da anunciada dissolução doParlamento.
Trata-se de uma suspensão, efectivamente, porque é previsível que a campanhapossa ser retomada na próxima Legislatura, mantendo-se o objectivo políticode levar à AR o debate sobre a revogação do segredo bancário, na forma daquela que será a primeira iniciativa legislativa de cidadãos.
As mais de15 mil assinaturas já conseguidas serão, desse modo, recuperadas e incluídasna fase de conclusão da iniciativa.Devem existir mais alguns milhares de assinaturas em folhas que aindacirculam nas regiões e núcleos.
Solicita-se que todas as folhas comassinaturas sejam recolhidas e enviadas para a Sede Nacional, de modo aserem centralizadas e contabilizadas.
Encontra-se, em anexo, um texto debalanço intercalar desta iniciativa.
2. Novo calendário para o processo da IV Convenção
Tendo em conta que as eleições legislativas antecipadas poderão ter lugar a20 ou 27 de Fevereiro, a Comissão Executiva considerou não existiremcondições para a realização da Convenção a 5 e 6 de Março. Assim, envia-se,em anexo, uma proposta de reajustamento das datas previstas no Regulamentoaprovado pela MN, que deverá ser apreciada na próxima reunião da MesaNacional (18 de Dezembro).
Saudações,Pedro Soares
1. Segredo Bancário
A Comissão Executiva, na reunião hoje realizada no Porto, decidiu suspendera campanha do segredo bancário, na sequência da anunciada dissolução doParlamento.
Trata-se de uma suspensão, efectivamente, porque é previsível que a campanhapossa ser retomada na próxima Legislatura, mantendo-se o objectivo políticode levar à AR o debate sobre a revogação do segredo bancário, na forma daquela que será a primeira iniciativa legislativa de cidadãos.
As mais de15 mil assinaturas já conseguidas serão, desse modo, recuperadas e incluídasna fase de conclusão da iniciativa.Devem existir mais alguns milhares de assinaturas em folhas que aindacirculam nas regiões e núcleos.
Solicita-se que todas as folhas comassinaturas sejam recolhidas e enviadas para a Sede Nacional, de modo aserem centralizadas e contabilizadas.
Encontra-se, em anexo, um texto debalanço intercalar desta iniciativa.
2. Novo calendário para o processo da IV Convenção
Tendo em conta que as eleições legislativas antecipadas poderão ter lugar a20 ou 27 de Fevereiro, a Comissão Executiva considerou não existiremcondições para a realização da Convenção a 5 e 6 de Março. Assim, envia-se,em anexo, uma proposta de reajustamento das datas previstas no Regulamentoaprovado pela MN, que deverá ser apreciada na próxima reunião da MesaNacional (18 de Dezembro).
Saudações,Pedro Soares
quarta-feira, dezembro 08, 2004
Caros Amigos > >
A Associação Fórum Manifesto - Centro de Estudos Sociais e Políticos,> proprietária da revista Manifesto, vai realizar a sua primeira assembleia Geral.
A sua Comissão Instaladora decidiu convidar todos os assinantes da revista a participar nesta Assembleia Geral e, se assim o entender,tornarem-se sócios desta nova associação.Por este efeito, junto enviamos a respectiva convocatória.
P'la Comissão Instaladora
Armand Munoz
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL
Lisboa, 30 de Novembro de 2004
Caros Amigos
Depois de em Fevereiro passado termos decidido fundar a Fórum Manifesto,é altura de nos voltarmos a reunir para, desta vez, eleger os órgãos sociais e debater o Plano de Actividades para o ano de 2005.
Embora não tenha sido ainda possível iniciar, como pretendíamos, outras actividades para além da edição da revista Manifesto, concretizámos entretanto os vários aspectos legais* e administrativos indispensáveis para que agora tratemos também da eleição dos órgãos estatutários.
Assim, a Comissão Instaladora deliberou convocar a Assembleia Geral da Associação Fórum Manifesto para o próximo sábado, dia 11 de Dezembro,pelas 14h30 em Lisboa, no Hotel Sana Reno (av. Duque d'Ávila, nº195 –> metro S. Sebastião).
Com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1.Informações.
2.Discussão do Plano de Actividades para 2005.
3.Eleição da Mesa da Assembleia Geral, Direcção Executiva, Conselho Geral e Conselho Fiscal. 4.Tomada de posse dos órgãos sociais da Associação.
De acordo com o artigo 10º dos Estatutos, os órgãos são eleitos por listas, sendo obrigatória a apresentação de candidaturas para todos os órgãos por parte dos proponentes.
As listas deverão ser apresentadas até à hora prevista para o início daAssembleia Geral.
P'la Comissão Instaladora
Armand Munoz> > > * Escritura notarial de constituição efectuada em 17 de Maio de 2004;> Publicação em Diário da República a 02 de Agosto de 2004.
enviado pelo companheiro Luis Moleiro.
A Associação Fórum Manifesto - Centro de Estudos Sociais e Políticos,> proprietária da revista Manifesto, vai realizar a sua primeira assembleia Geral.
A sua Comissão Instaladora decidiu convidar todos os assinantes da revista a participar nesta Assembleia Geral e, se assim o entender,tornarem-se sócios desta nova associação.Por este efeito, junto enviamos a respectiva convocatória.
P'la Comissão Instaladora
Armand Munoz
CONVOCATÓRIA ASSEMBLEIA GERAL
Lisboa, 30 de Novembro de 2004
Caros Amigos
Depois de em Fevereiro passado termos decidido fundar a Fórum Manifesto,é altura de nos voltarmos a reunir para, desta vez, eleger os órgãos sociais e debater o Plano de Actividades para o ano de 2005.
Embora não tenha sido ainda possível iniciar, como pretendíamos, outras actividades para além da edição da revista Manifesto, concretizámos entretanto os vários aspectos legais* e administrativos indispensáveis para que agora tratemos também da eleição dos órgãos estatutários.
Assim, a Comissão Instaladora deliberou convocar a Assembleia Geral da Associação Fórum Manifesto para o próximo sábado, dia 11 de Dezembro,pelas 14h30 em Lisboa, no Hotel Sana Reno (av. Duque d'Ávila, nº195 –> metro S. Sebastião).
Com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1.Informações.
2.Discussão do Plano de Actividades para 2005.
3.Eleição da Mesa da Assembleia Geral, Direcção Executiva, Conselho Geral e Conselho Fiscal. 4.Tomada de posse dos órgãos sociais da Associação.
De acordo com o artigo 10º dos Estatutos, os órgãos são eleitos por listas, sendo obrigatória a apresentação de candidaturas para todos os órgãos por parte dos proponentes.
As listas deverão ser apresentadas até à hora prevista para o início daAssembleia Geral.
P'la Comissão Instaladora
Armand Munoz> > > * Escritura notarial de constituição efectuada em 17 de Maio de 2004;> Publicação em Diário da República a 02 de Agosto de 2004.
enviado pelo companheiro Luis Moleiro.
terça-feira, dezembro 07, 2004
Portimão assinala Dia Internacional das Pessoas com Deficiência
Amanhã, dia 3 de Dezembro, a Câmara Municipal de Portimão vai realizar uma visita à CRACEP e ao CREMP para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Pelas 10:00 horas, o executivo desloca-se à CRACEP e às 11:00 ao CREMP (Centro de Reeducação Médico-Pedagógica) para um momento de convívio entre todos os presentes, num dia em que a autarquia pretende reforçar os esforços e sinergias para a concretização conjunta de actividades que contribuam para uma maior sensibilização e consciencialização da Sociedade, no seu todo, em prol dos cidadãos com deficiência. Este será também o momento para conhecer os ateliers desenvolvidos (Carpintaria, Pintura e Cerâmica) e para a Câmara Municipal de Portimão oferecer jogos didácticos aos utentes das instituições.
in:Diário on-line Algarve 7 de Dezembro de 2004
Como é possivel que a CMP,"pretende reforçar os esforços e sinergias ....................para a concretização conjunta de actividades que contribuam para uma maior sensibilização.................em prol das pessoas com deficiência."
Senhores vereadores antes de "sensibilizar"os portimonenses em prol dos deficientes.....dêem os Senhores o exemplo .Para não ir mais longe, recomendo aos senhores vereadores o seguinte exercício, imaginem-se os senhores numa cadeira de rodas, pretendendo subir ao primeiro andar da Câmara Municipal de Portimão!.............Será complicado!? Não! É impossivel!!!
A CMP é o exemplo vivo do ditado."Bem prega frei Tomás, ouve o que ele diz, não faças o que ele faz!"
fernando gregorio
Amanhã, dia 3 de Dezembro, a Câmara Municipal de Portimão vai realizar uma visita à CRACEP e ao CREMP para assinalar o Dia Internacional das Pessoas com Deficiência. Pelas 10:00 horas, o executivo desloca-se à CRACEP e às 11:00 ao CREMP (Centro de Reeducação Médico-Pedagógica) para um momento de convívio entre todos os presentes, num dia em que a autarquia pretende reforçar os esforços e sinergias para a concretização conjunta de actividades que contribuam para uma maior sensibilização e consciencialização da Sociedade, no seu todo, em prol dos cidadãos com deficiência. Este será também o momento para conhecer os ateliers desenvolvidos (Carpintaria, Pintura e Cerâmica) e para a Câmara Municipal de Portimão oferecer jogos didácticos aos utentes das instituições.
in:Diário on-line Algarve 7 de Dezembro de 2004
Como é possivel que a CMP,"pretende reforçar os esforços e sinergias ....................para a concretização conjunta de actividades que contribuam para uma maior sensibilização.................em prol das pessoas com deficiência."
Senhores vereadores antes de "sensibilizar"os portimonenses em prol dos deficientes.....dêem os Senhores o exemplo .Para não ir mais longe, recomendo aos senhores vereadores o seguinte exercício, imaginem-se os senhores numa cadeira de rodas, pretendendo subir ao primeiro andar da Câmara Municipal de Portimão!.............Será complicado!? Não! É impossivel!!!
A CMP é o exemplo vivo do ditado."Bem prega frei Tomás, ouve o que ele diz, não faças o que ele faz!"
fernando gregorio
Bloco diz que povo "suspirou de alívio" com o fim do Governo
O Bloco de Esquerda (BE)/Algarve congratulou-se, em comunicado, com a decisão tomada pelo Presidente da República no sentido da dissolver da Assembleia da República e convocar eleições antecipadas. "O povo português suspirou de alívio com o fim deste governo de opereta que, todos os dias, nos brindava com novos e variados números de circo", referem os bloquistas, para quem "quase não se passou um dia sem que algum membro do governo desse a sua contribuição para o anedotário nacional".
A Comissão Coordenadora do Algarve daquela força política promete ficar atenta no sentido que o governo cumpra metas "tão importantes" como a isenção de pagamento de portagens nas SCUT's, aumentos credíveis para a Função Pública e de um modo geral para todos os trabalhadores, combate à fraude e evasão fiscais, criação de empregos, defesa do sector público da saúde, despenalização do aborto, retirada da GNR do Iraque, entre outras medidas.
"A convocação de eleições antecipadas para dar a voz ao povo é a forma mais transparente e democrática de clarificação política e de resolver o estado depressivo em que o país mergulho", conclui-se.
in: diário on-line Algarve. 7 de Dezembro de 2004
O Bloco de Esquerda (BE)/Algarve congratulou-se, em comunicado, com a decisão tomada pelo Presidente da República no sentido da dissolver da Assembleia da República e convocar eleições antecipadas. "O povo português suspirou de alívio com o fim deste governo de opereta que, todos os dias, nos brindava com novos e variados números de circo", referem os bloquistas, para quem "quase não se passou um dia sem que algum membro do governo desse a sua contribuição para o anedotário nacional".
A Comissão Coordenadora do Algarve daquela força política promete ficar atenta no sentido que o governo cumpra metas "tão importantes" como a isenção de pagamento de portagens nas SCUT's, aumentos credíveis para a Função Pública e de um modo geral para todos os trabalhadores, combate à fraude e evasão fiscais, criação de empregos, defesa do sector público da saúde, despenalização do aborto, retirada da GNR do Iraque, entre outras medidas.
"A convocação de eleições antecipadas para dar a voz ao povo é a forma mais transparente e democrática de clarificação política e de resolver o estado depressivo em que o país mergulho", conclui-se.
in: diário on-line Algarve. 7 de Dezembro de 2004
Do blog da ATTAC-Portugal
Não foram (só) 5 meses perdidos
Passeando pela Blogosfera política de esquerda, pode-se ler em muitos sítios um "obrigado Sampaio"; "Corrigiste o erro"; "foi pena ter vindo com 5 meses de atraso".
No entanto, não foram só 5 meses que foram perdidos. Foi toda uma conjuntura política que foi desperdiçada.
Há 5 meses atrás havia uma possibilidade muito mais real de formar um Governo coligação de Esquerdas em Portugal, que pudesse protagonizar uma política realmente diferente, que marcasse o país e até mesmo a Europa.
Hoje, temos um cenário totalmente diferente. Com um PS, se calhar com mais votos - do centro e da direita descontente com o Santana - mas que foi incapaz de fazer uma crítica de esquerda à proposta de Orçamento Geral de Estado para 2005 do Governo.
Se há alguma coisa que temos de “agradecer” ao Jorge Sampaio é ter desbaratado aquela excelente oportunidade, e de ter optado por pôr durante mais quase meio ano este grupo da direita mais incompetente e serôdia, no Governo do país…
Não foram só 5 meses que se perderam…
Passeando pela Blogosfera política de esquerda, pode-se ler em muitos sítios um "obrigado Sampaio"; "Corrigiste o erro"; "foi pena ter vindo com 5 meses de atraso".
No entanto, não foram só 5 meses que foram perdidos. Foi toda uma conjuntura política que foi desperdiçada.
Há 5 meses atrás havia uma possibilidade muito mais real de formar um Governo coligação de Esquerdas em Portugal, que pudesse protagonizar uma política realmente diferente, que marcasse o país e até mesmo a Europa.
Hoje, temos um cenário totalmente diferente. Com um PS, se calhar com mais votos - do centro e da direita descontente com o Santana - mas que foi incapaz de fazer uma crítica de esquerda à proposta de Orçamento Geral de Estado para 2005 do Governo.
Se há alguma coisa que temos de “agradecer” ao Jorge Sampaio é ter desbaratado aquela excelente oportunidade, e de ter optado por pôr durante mais quase meio ano este grupo da direita mais incompetente e serôdia, no Governo do país…
Não foram só 5 meses que se perderam…
segunda-feira, dezembro 06, 2004
Excesso de água ou falta dela: dois problemas da Câmara de Portimão
Excesso de pluviosidade provoca inundações mas também evita futuro racionamento “O problema da inundações em Portimão é crónico” disse o presidente da Câmara de Portimão, em declarações proferidas ao nosso jornal na passada sexta-feira. Manuel da Luz explica que a grande quantidade de água que caiu durante cerca de uma hora na madrugada do dia 1 de Dezembro foi o suficiente para provocar inundações na baixa, na zona do estrumal e noutros pontos da cidade de Portimão, onde “as casas estão abaixo do nível das marés”. “Não vai haver solução técnica que resolva a cem por cento o problema da zona do estrumal”, referiu o autarca. Segundo Manuel da Luz, neste momento é “impossível instalar condutas com o tamanho necessário para escoar a água para o rio porque a cota do terreno existente não o permite”. A solução para este problema, que afecta cerca de 20 moradores, pode passar pela elevação das casas cerca de um metro e meio. No entanto, os serviços técnicos da autarquia não garantem que, mesmo após a instalação de condutas com as dimensões apropriadas, o problema fique definitivamente resolvido. Na opinião do presidente, a solução óptima mas “mais radical” é negociar a saída das pessoas, ou seja, o realojamento.
in;Diário-on-line de 6 de Dezembro de 2004
O presidente da Câmara, é sem dúvida, um original; A cidade inunda! Eleve-se pois a cidade!
Senhor presidente,porque razão não propôe a deslocação de Portimão para o alto da Foia, na serra de Monchique? Seria mais radical, e a cidade ficaria com melhores vistas!
Senhor presidente,e então o mau urbanismo!?E os edificios,senão mesmo os quarteirões e os bairros construidos sobre linhas de água!?
E os túneis sem escoamento de águas capaz, importados do "Portugal dos pequeninos",onde quase não conseguem passar os autocarros de maiores dimensões (onde já dois camiões de grandes dimensões embateram na exígua "entrada").
Senhor presidente,a natureza não está errada (embora transformada), o que está claramente errada ,é a politica de urbanismo da Câmara Municipal de Portimão.Essa sim necessita de uma transformação "de fundo" .
fernando gregorio-militante do Bloco de Esquerda
Excesso de pluviosidade provoca inundações mas também evita futuro racionamento “O problema da inundações em Portimão é crónico” disse o presidente da Câmara de Portimão, em declarações proferidas ao nosso jornal na passada sexta-feira. Manuel da Luz explica que a grande quantidade de água que caiu durante cerca de uma hora na madrugada do dia 1 de Dezembro foi o suficiente para provocar inundações na baixa, na zona do estrumal e noutros pontos da cidade de Portimão, onde “as casas estão abaixo do nível das marés”. “Não vai haver solução técnica que resolva a cem por cento o problema da zona do estrumal”, referiu o autarca. Segundo Manuel da Luz, neste momento é “impossível instalar condutas com o tamanho necessário para escoar a água para o rio porque a cota do terreno existente não o permite”. A solução para este problema, que afecta cerca de 20 moradores, pode passar pela elevação das casas cerca de um metro e meio. No entanto, os serviços técnicos da autarquia não garantem que, mesmo após a instalação de condutas com as dimensões apropriadas, o problema fique definitivamente resolvido. Na opinião do presidente, a solução óptima mas “mais radical” é negociar a saída das pessoas, ou seja, o realojamento.
in;Diário-on-line de 6 de Dezembro de 2004
O presidente da Câmara, é sem dúvida, um original; A cidade inunda! Eleve-se pois a cidade!
Senhor presidente,porque razão não propôe a deslocação de Portimão para o alto da Foia, na serra de Monchique? Seria mais radical, e a cidade ficaria com melhores vistas!
Senhor presidente,e então o mau urbanismo!?E os edificios,senão mesmo os quarteirões e os bairros construidos sobre linhas de água!?
E os túneis sem escoamento de águas capaz, importados do "Portugal dos pequeninos",onde quase não conseguem passar os autocarros de maiores dimensões (onde já dois camiões de grandes dimensões embateram na exígua "entrada").
Senhor presidente,a natureza não está errada (embora transformada), o que está claramente errada ,é a politica de urbanismo da Câmara Municipal de Portimão.Essa sim necessita de uma transformação "de fundo" .
fernando gregorio-militante do Bloco de Esquerda
sábado, dezembro 04, 2004
Ria de Alvor: Ministério do Ambiente pede ao ICN informações sobre técnico
O Ministério do Ambiente solicitou informações sobre um técnico do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) que alegadamente será também consultor numa empresa imobiliária com interesses na ria de Alvor, disse hoje à Lusa fonte do Governo.
O pedido de esclarecimentos do Ministério do Ambiente ao ICN vem na sequência de um requerimento que o Partido Ecologista "Os Verdes" fez ontem, pedindo à tutela esclarecimentos sobre a alegada acumulação de funções de um técnico governamental com a de consultor numa imobiliária com interesses na ria do Alvor."
O secretário de Estado do Ambiente já fez um despacho ao ICN a solicitar informação sobre o funcionário em questão para apurar se há ou não um conflito de interesses", adiantou Miguel Braga, assessor de imprensa do Ministério do Ambiente.De acordo com a deputada Isabel Castro, um técnico ambiental da Reserva do Estuário do Tejo trabalha simultaneamente na consultoria de um estudo encomendado por empresas imobiliárias que querem construir na área protegida de Alvor, Algarve.
Localizada próximo de Portimão, aquela ria está a ser alvo de um novo estudo por parte de empresas imobiliárias, que ali pretendem instalar um projecto classificado como "amigo do ambiente", disse Isabel Castro.
Trata-se de um técnico que "actualmente trabalha na Reserva Natural do Estuário do Tejo" e que desempenhou funções como presidente do parque Natural Sintra/Cascais, observou a deputada Isabel Castro, invocando o "manifesto conflito de interesses e de incompatibilidades". Segundo a deputada, o estatuto público daquele técnico "é manifestamente incompatível" com as funções que exerce no sector privado.
O partido "Os Verdes" entregou ontem um requerimento no Parlamento pedindo ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território que apure "de imediato" os factos e as responsabilidades de um "caso de conflito de interesses".
"Os Verdes" pedem ainda ao ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, que esclareça as garantias que podem ser dadas pelo Ministério que tutela para preservar a ria do Alvor.A ria do Alvor é a terceira zona húmida mais importante do Algarve - a seguir à Ria Formosa e ao Sapal de Castro Marim - particularmente para a nidificação de aves, e faz parte da Rede Natura 2000, uma rede europeia de áreas com importância para a conservação da natureza.DRA ria de Alvor está a ser alvo de um novo estudo por parte de empresas imobiliáriasin:
Público-3 de Dezembro de 2004 O cerco parece apertar-se.Cabe aos Algarvios salvar o que resta da sua terra!!!Não admira que ao ICN, certas pessoas "mal intencionadas", chamaem:Instituto para a Construção na Natureza.
O BLOCO PORTIMÃO há algum tempo, vem denunciando o apetite voraz da construção civil e da hotelaria pela Quinta da Rocha .Região de elevada importância e de uma fragilidade ecológica mais que evidente.
O Ministério do Ambiente solicitou informações sobre um técnico do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) que alegadamente será também consultor numa empresa imobiliária com interesses na ria de Alvor, disse hoje à Lusa fonte do Governo.
O pedido de esclarecimentos do Ministério do Ambiente ao ICN vem na sequência de um requerimento que o Partido Ecologista "Os Verdes" fez ontem, pedindo à tutela esclarecimentos sobre a alegada acumulação de funções de um técnico governamental com a de consultor numa imobiliária com interesses na ria do Alvor."
O secretário de Estado do Ambiente já fez um despacho ao ICN a solicitar informação sobre o funcionário em questão para apurar se há ou não um conflito de interesses", adiantou Miguel Braga, assessor de imprensa do Ministério do Ambiente.De acordo com a deputada Isabel Castro, um técnico ambiental da Reserva do Estuário do Tejo trabalha simultaneamente na consultoria de um estudo encomendado por empresas imobiliárias que querem construir na área protegida de Alvor, Algarve.
Localizada próximo de Portimão, aquela ria está a ser alvo de um novo estudo por parte de empresas imobiliárias, que ali pretendem instalar um projecto classificado como "amigo do ambiente", disse Isabel Castro.
Trata-se de um técnico que "actualmente trabalha na Reserva Natural do Estuário do Tejo" e que desempenhou funções como presidente do parque Natural Sintra/Cascais, observou a deputada Isabel Castro, invocando o "manifesto conflito de interesses e de incompatibilidades". Segundo a deputada, o estatuto público daquele técnico "é manifestamente incompatível" com as funções que exerce no sector privado.
O partido "Os Verdes" entregou ontem um requerimento no Parlamento pedindo ao Ministério do Ambiente e do Ordenamento do Território que apure "de imediato" os factos e as responsabilidades de um "caso de conflito de interesses".
"Os Verdes" pedem ainda ao ministro do Ambiente, Luís Nobre Guedes, que esclareça as garantias que podem ser dadas pelo Ministério que tutela para preservar a ria do Alvor.A ria do Alvor é a terceira zona húmida mais importante do Algarve - a seguir à Ria Formosa e ao Sapal de Castro Marim - particularmente para a nidificação de aves, e faz parte da Rede Natura 2000, uma rede europeia de áreas com importância para a conservação da natureza.DRA ria de Alvor está a ser alvo de um novo estudo por parte de empresas imobiliáriasin:
Público-3 de Dezembro de 2004 O cerco parece apertar-se.Cabe aos Algarvios salvar o que resta da sua terra!!!Não admira que ao ICN, certas pessoas "mal intencionadas", chamaem:Instituto para a Construção na Natureza.
O BLOCO PORTIMÃO há algum tempo, vem denunciando o apetite voraz da construção civil e da hotelaria pela Quinta da Rocha .Região de elevada importância e de uma fragilidade ecológica mais que evidente.
O BLOG DO BLOCO_PTM
AQUI ESTAMOS NESTE NOVO ESPAÇO
Pretendemos dar voz não só aos militantes do BE,através deste blog. Mas também aos simpatizantes e a todos aqueles que optaram por uma intervenção no seio da esquerda e que queiram partilhar opiniões, ou mesmo fazer criticas.
O blog do Bloco expressará as opiniões do Bloco e essas serão referênciadas como posições "oficiais",as outras opiniões serão da responsabilidade de quem as assinar.
"Esquerda", o jornal do Bloco
27-11-2004
O Bloco de Esquerda lançou este fim-de-semana o primeiro número (numerado como zero, por ser, neste caso, distribuído gratuitamente aos militantes) do seu jornal oficial, com o nome de “Esquerda”. O jornal, que tem uma tiragem de 10 mil exemplares, tem como destinatários os militantes do BE e todos os que vão às suas iniciativas, para além de todos os que estejam interessados em assinar o jornal. “Esquerda” será vendido sobretudo por assinatura. Com 16 páginas, o “Esquerda” será mensal.
Pretendemos dar voz não só aos militantes do BE,através deste blog. Mas também aos simpatizantes e a todos aqueles que optaram por uma intervenção no seio da esquerda e que queiram partilhar opiniões, ou mesmo fazer criticas.
O blog do Bloco expressará as opiniões do Bloco e essas serão referênciadas como posições "oficiais",as outras opiniões serão da responsabilidade de quem as assinar.
"Esquerda", o jornal do Bloco
27-11-2004
O Bloco de Esquerda lançou este fim-de-semana o primeiro número (numerado como zero, por ser, neste caso, distribuído gratuitamente aos militantes) do seu jornal oficial, com o nome de “Esquerda”. O jornal, que tem uma tiragem de 10 mil exemplares, tem como destinatários os militantes do BE e todos os que vão às suas iniciativas, para além de todos os que estejam interessados em assinar o jornal. “Esquerda” será vendido sobretudo por assinatura. Com 16 páginas, o “Esquerda” será mensal.
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